Nem sempre é touro para colher
E o matador que há em mim
Não bandarilha num jardim.
Ser pegador tão floreado
Não faz que eu seja bom forcado.
Se da plateia vêm flores
A cada "Olé" eu sinto dores.
Como se apanha um coração
Sem dar o nosso por caução?
O caçador que há em mim
Não se deixa abater assim
Mas pelo disparo sem certeza
Ricocheteia a Natureza.
Se da culatra vêm flores
Eu digo ais mas não de dores.
Como se cala uma cantiga
Sem trautear quanto isso obriga?
O surdo-mudo que há em mim
Já ouve o anunciado fim.
De tão cinzenta previsão
Alaranjou-se-me a intenção.
Se te amordaço e dás-me flores
Que me castiguem justas dores.
Retirado da música "Veio a Maria Clementina"- Maria Clementina
tu é que és o autor deste poema???
ResponderEliminarou é roubado e nem te dignaste a meter o autor? revela-te seu impostor!
Não sou e so não tinha posto o autor porque entretanto estava na hora de ir trabalhar e passou-me...
ResponderEliminarÉ desta musica. So retirei algumas frases porque fazem parte da musica e não das "minhas" questões.
Ela, peço desculpa, não volta a acontecer. :-)